Wednesday, April 26, 2006

Hino Nacional Brasileiro

Composição: Poema: Joaquim Osório Duque Estrada/ Música: Francisco Manuel da Silva

I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da Pátria nesse instante.Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó Liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandezaTerra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

II


Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!Do que a terra mais garridaTeus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores".Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro desta flâmula- Paz no futuro e glória no passado.Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Thursday, April 20, 2006

Procura-se um Namorado

É preciso que tenha um coração disponível e transparente, objetivos definidos, vontade de comprometer-se, capacidade de expressar amor, de forma quase temerária e irreverente.
Pode ser triste ou contente. Se for triste, que possa fazer de mim o seu contentamento e, se contente, que saiba insuflar em mim tal sentimento. Pode ser letrado, ilustre ou sem letras.
Se for culto, que não se ufane desta qualidade, porque o que conta é a pureza d'alma,a lisura e a sensibilidade.
É preciso ser despojado, bacharel na escola da vida. É preciso ter conhecido alegrias e dores, vitórias e derrotas e ter aprendido sobretudo, a delicada arte do discernimento, que se sobrepõe a todo e qualquer leviano julgamento.
E, se eu encontrar alguém assim, Com certeza ele há de gostar de namorar, de natureza, de crianças, de animais, de beira-mar De música, serestas, filarmônicas, bandas marciais...quem sabe até dance tango ou bolero agarradinho e se não souber eu até posso ensinar, afinal, isto é um detalhe pequenininho.

Tuesday, April 18, 2006

Como melhorar o seu beijo

O beijo é um superparâmetro energético de afinidade. Um beijo bom significa muita coisa, ele significa que em outros níveis o contato de vocês pode ser muito bom também.O beijo é um marco no seu encontro amoroso. Até então, você estava conversando, podia até ter tocado a outra pessoa. Mas o beijo é um comprometimento bem maior. É o começo de uma nova etapa. Você está comunicando que se entrega. Que se mistura. Para cada um o beijo tem significado diferente.Conheço gente que é capaz de fazer sexo e não beijar, reservando o beijo para ocasiões muito especiais. Dizem que só beijam quando estão amando. Para outras pessoas o beijo é o que menos compromete. Beijam muita gente, sem que isso signifique nada além de prazer.A verdade é que beijar é uma das delícias da vida, e por isso mesmo vale a pena fazê-lo bem. E você, sabe beijar? Beija bem? O que é beijar bem?Quem nunca beijou fica na expectativa de como será. E só vai aprender beijando. Não há outro jeito, não há curso, não há aula nem livro que ensine isso.Você manifesta o desejo de beijar olhando ou aproximando-se da boca dela(e). Faça com que esse momento seja bem especial. Dê grande importância ao beijo.Você está conversando e já existe a vontade no outro. De chegar mais perto, de abraçar, de beijar. Chegue mais perto. Talvez haja abertura para que você a(o) toque. O papo está bom, você olha para a boca dele(a). Relaxe a boca, mas não muito, deixe-a suave, semimolhada.No beijo, você vê se quer ou não quer continuar. Você experimenta o outro. Gosta ou não? Às vezes pode sentir o beijo meio esquisito para você. Tem que empatar. O jeito como você gosta de beijar tem que ser compatível com o beijo do outro.Há gente, por exemplo, que gosta de beijar bem molhado, outras pessoas têm o beijo mais sequinho.Tem gente que enfia a língua na sua boca e não quer saber de tirá-la dali.Há aqueles também que têm a boca meio dura, descoordenada. Você sente os dentes da pessoa. Aí é jogo duro. Normalmente essas bocas duras pertencem a pessoas bastante rígidas de personalidade.Há o beijo de quem fuma que tem aquele gosto desagradável.Cantores, radialistas, palestrantes, enfim, todos os que trabalham com a voz tendem a ter um beijo bom. Suas bocas têm tônus e flexibilidade.Existem muitas formas de beijar, e na hora do beijo você vai sentir qual é a conexão que deve ter com a pessoa. No beijo você pode sentir se aquele é um encontro qualquer ou se você tem vontade de beijar mais. Para isso há que ver de novo.Você pode começar de forma suave, sentindo bem os lábios do outro. Pequenos beijos secos no começo e, pouco a pouco, vá molhando. A ponta da sua língua pode tocar levemente a ponta da língua dela(e).Você pode então pressionar mais os lábios nos lábios dela(e). De suave, o beijo passa para um ritmo mais forte. Nesse momento as línguas já se misturam. Tente o equilíbrio entre as incursões de sua língua na boca dela(e) e vice-versa. Viaje nisso. Feche os olhos e entregue-se ao momento. É uma viagem.Sinta o corpo todo beijando o corpo dela(e). Seu peito beijando o peito dela(e). Seu sexo beijando o sexo dela(e). Respire. Dê um beijo que tenha o tempo da eternidade.Mas mude o ritmo de vez em quando. Explore outro repertório. Sempre há um jeito novo de beijar, principalmente porque cada pessoa tem um jeito único de ser. Se você estiver muito afoito, por exemplo, volte a beijar de forma mais suave. É bem legal. Todo aquele tesão que você está sentindo, agora equilibra num beijo suave. Beije também com os olhos.Passe os lábios no rosto do outro. Beijinhos no pescoço. Beijos atrás da orelha. Beijo nos olhos. Que sublime! Isso vai aumentando muito o tesão.Deixe os seus lábios se deliciarem com os lábios dela(e). Suas línguas fazem uma dança perfeita. A respiração está ofegante e você imagina que, se existe o céu, você está nele. Sinta-se agradecido por esse momento tão especial. Todo o seu corpo vibra de tesão, de emoção por esse encontro. Cada beijo seu, não importa a sua idade, pode ter a emoção do primeiro beijo.
Como melhorar o beijo?
Os lábios, a língua e toda a musculatura que participa dos movimentos da boca devem ser trabalhados para melhorar a sua condição de beijar. O senso de meditação também é bem importante para relaxar no momento. No beijo, quanto mais você se entrega, mais gostoso fica.Vamos, portanto, começar agora a nossa ginástica do beijo.Sente-se num lugar confortável, com a coluna reta e os braços soltos.Pescoço – Solte bem devagar a cabeça em direção ao ombro direito. Respire nessa posição e vá com a cabeça para o outro lado, em direção ao ombro esquerdo. Depois olhe para o lado direito, por cima do ombro. Respire. Olhe por cima do ombro esquerdo. Respire. Solte a cabeça para a frente, estirando a nuca. Vá com a cabeça para trás, alongando o pescoço. Respire. Gire a cabeça para um lado e depois para o outro. Pronto, você soltou seu pescoço.Massagem – Massageie a face com a ponta dos dedos. Em torno da boca, maxilar, mandíbula, ao redor das orelhas, ao lado do nariz, abaixo dos olhos. Massageie a garganta e o pescoço. Com a palma das mãos massageie o meio do peito. Legal. Solte sempre o ar. Solte a tensão. Talvez você tenha vontade de bocejar, e isso é bom. Assim estará descarregando a tensão.Lábios – Inspire e solte o ar pela boca, movimentando os lábios para fora, feito criança. Fique beiçudo. De novo, inspire e solte o ar pela boca, deixando os lábios soltos. Beijinhos – Faça um biquinho e dê beijinhos no ar, bem pequeninos. Vários beijinhos, tonificando os lábios.Lábios – Com a boca fechada, sem mostrar os dentes, faça o movimento de esticá-la, como se fosse dar risada, e depois faça biquinho. Respire pelo nariz e continue fazendo esse movimento.Lábios – Faça o mesmo movimento, mas agora mostrando os dentes. Estique os cantos da boca ao máximo e contraia os lábios fazendo um beição para a frente.Caretas – Faça caretas envolvendo principalmente a boca, os lábios e a língua.Língua – A língua durinha bem para fora da boca. E depois para dentro. Para fora e para dentro muitas vezes.Língua – A língua para fora e para a direita e depois para a esquerda. Para a direita e para a esquerda. Legal. Descanse e respire.Língua – Agora, língua para fora e para baixo, sobre o lábio inferior, e para cima, tentando tocar o nariz. Para baixo e para cima, várias vezes. Respire sempre.Mastigando – Faça movimentos com a boca como se estivesse mastigando de boca aberta, quanto mais aberta melhor. Exercite esses músculos.Sinta – Feche os olhos e sinta sua boca, seus lábios, sua língua.Fazendo esses exercícios você estará trabalhando a boca para ficar relaxada por um lado e tonificada por outro, o que é superimportante no beijo.No beijo às vezes você é delicado e suave, noutras vezes está bem afoito. E nada como uma boca preparada, exercitada para isso.

Monday, April 17, 2006

A Importância do outro em sua vida

A Importância do outro em sua vida Eu e minha namorada trabalhamos juntos há 8 anos, sempre nos dando super bem e quando ficávamos separados, mesmo que por pequenos períodos, sentíamos muita falta um do outro. Acontece porém que ela mudou de emprego e nesse período passamos a nos ver apenas nos finais de semana.No começo, pela saudade que sentíamos, os encontros eram muito gostosos, porém, com o passar do tempo, acostumamos a ficar separados e de certa forma o afeto, a saudade, (talvez o amor) diminuíram muito. Será que a distância está fazendo um esquecer do outro? Será que ainda nos amamos? Como estamos prestes a nos casar, estou muito preocupado. Muita calma nessa hora!O relacionamento exige sabedoria, a busca constante da atualização, do meio termo, do equilíbrio que insiste em desaparecer. Sempre ocorre algo que nos faz balançar. E seria ingênuo achar que tudo permanece igual. Agora é uma mudança de emprego, mais tarde virão os filhos, pode ser até ocorra alguma perda...Uma coisa é certa: basta estarmos vivos para nos desestabilizarmos.Nesse sentido a consciência espiritual nos ajuda muito e é fundamental. Estamos aqui de passagem e ninguém nos acompanha quando chega a hora de partir dessa para outra. Por isso, o mais importante é o nosso próprio processo de crescimento. Muitas situações virão, mas somente com um bom eixo de consciência é que conseguiremos nos manter de pé.Imagine uma tempestade no campo. O vento bate e o bambuzal se inclina, com toda a sua flexibilidade, voltando à posição vertical assim que tudo se normalizar. Na mesma ventania, um outro tipo de árvore, mais rígida, tem uma grande chance de partir. Um relacionamento se fortalece quando é maleável, passando por várias situações diferentes sem romper. Se um relacionamento estiver condicionado a um determinado ritmo, protegido por um controle constante, é fraco. Mas, se o casal consegue ultrapassar as fases mais complicadas e mesmo assim continuar juntos, adquire força.Qual é a real importância da outra pessoa em sua vida? Quando estamos apaixonados, dá a impressão de que não iremos sobreviver sem ela. Mas isso não é uma verdade. Passa um tempo sem se ver e constatamos que é possível viver bem sozinhos. Isso não quer dizer que você não vai mais amar, mas pode ser um bom sinal de que você não é tão dependente assim. Pode ser que mais tarde vocês sintam novamente a necessidade de estar mais tempo juntos. Façam então alguma coisa por isso. Pode ser também que cada um de vocês precise agora se sentir mais livre. De toda forma deixe a vida fluir, compreendendo que o amor também combina com a coragem e o desapego.

Tuesday, April 11, 2006

TEM QUE USAR CAMISINHA!!!

Tem que usar!!! A gente que vive e convive com adolescentes não consegue deixar de perceber uma realidade que assusta – e que já começa a preocupar até mesmo o Ministério da Saúde: os jovens de hoje não estão dando a mínima pra camisinha. É sério! O sexo está muito acessível, como jamais foi, e cada vez mais jovens praticam comportamentos de risco pelas boates, saunas e mesmo entre quatro paredes. Arriscando-se a pegar AIDS ou outra Doença Sexualmente Transmissível qualquer.
Quem tem mais de 30 anos sente até um arrepio em ouvir isso, mas tem muito garoto lendo isso e dando risada. “Camisinha pra quê?”, dizem eles, “Não vai acontecer comigo, eu não conheço ninguém com AIDS”.
E por que isso ocorre? Por que os jovens, muitas vezes bem instruídos e com todas as informações sobre AIDS que se pode ter, arriscam-se numa noite, por alguns minutos de prazer, a pôr em risco sua saúde pelo resto da vida?
Simples - Os adolescentes de hoje não passaram pelo terror que foi a AIDS nos anos 80. Gente emagrecendo, morrendo cadavérica, com câncer na pele - eles não sabem o perigo que correm. Não viram o Cazuza, por exemplo, ídolo adolescente dos anos 80, sucumbir à doença em público, aos poucos, assustadoramente... E essa é uma realidade que precisa ser resgatada. Cazuza sempre foi enérgico, nos seus shows ele pulava, corria pelo palco, era o símbolo de toda uma juventude...
...e apenas alguns anos depois, já nos estágios finais da doença, ele mal conseguia se manter de pé durante um show inteiro.
Cazuza escolheu viver sua vida até o fim, mesmo com a doença, e ver a AIDS consumindo um dos maiores ídolos nacionais foi muito forte pra marcar toda uma geração para sempre.
E isso não acontece mais. Com a evolução do tratamento, a AIDS deixou de ser uma doença fatal em 100% dos casos para se tornar uma doença controlável, crônica. Como uma diabetes, por exemplo. Isso significa que a AIDS não apresenta mais riscos? Nada a ver! Uma doença crônica requer que se tome remédios para o resto da vida, todos os dias, afim de mantê-la sob controle. Compensa, por alguns minutos de excitação?
E agora pesquisas começam a mostrar que o grupo que mais contrai o vírus da AIDS são os jovens homossexuais. Garotos de 14 a 24 anos, que frequentam as mesmas boates que você, as mesmos chats que você, os mesmos dark rooms que você...
TEM QUE USAR CAMISINHA!!!
Além de proteger contra doenças é muito mais higiênico - principalmente pra quem faz sexo anal (nem preciso entrar em detalhes, preciso?). E, cá entre nós: Às vezes a gente olha a camisinha suja, depois do sexo, e fica imaginando que aquilo tudo estaria espalhado pelo seu pau, se não fosse a proteção. Eu não sei vocês, mas eu respiro aliviado de só ter de tirar a camisinha, jogar fora e ver meu pau limpinho... Mesmo que a AIDS não existisse, este já seria um motivo bem forte pra eu usar camisinha SEMPRE! Deixe sua opinião.

Monday, April 10, 2006

Servindo na Grécia

Hoje em dia a gente às vezes se depara com relatos de militares homossexuais que sofrem discriminação e até mesmo chegam a ser presos ou expulsos por causa disso. Isso cria uma aura de machismo em torno do Exército, da Marinha, da Aeronáutica que deixa os jovens de cabelo em pé: “E quando eu for me alistar? E se alguém descobrir?? E se eu não me controlar com todos aqueles soldados gostosos à minha volta???”
Bom, antes de mais nada: O que mais tem no meio militar é homossexualismo... desde as longas noites em alto-mar da marinha até os acampamentos chuvosos do exército, isso rola em todos os níveis. Ou seja, todo esse machismo apresentado pelos militares hoje é pura hipocrisia.

Mas nem sempre foi assim. Consta nos livros de História que em Esparta, uma das Cidades-Estado mais poderosas da Grécia antiga, toda a população era treinada para servir ao exército e sua vivência era das mais duras. Dormiam no chão duro, tinham a alimentação controlada – foi daí que surgiu o termo condições espartanas, significando condições muito duras. Os bebês, ao nascer, eram deixados no alto de uma montanha, sozinhos, por alguns dias – apenas os que sobrevivessem eram considerados aptos a serem cidadãos de Esparta.

Pois bem, no meio de todo esse rigor militar, que envolvia o cidadão espartano desde a mais tenra idade, adivinha que qualidade era mais apreciada entre seus soldados? Acertou quem disse a homossexualidade. Soldados gays e seus amantes eram considerados guerreadores de elite e estavam entre os combatentes mais ferozes de toda a Grécia. Mas como isso? Por que esse incentivo todo a soldados homossexuais? Olha só que curioso: De acordo com o pensamento da época, um soldado gay que lutasse ao lado de seu amante faria o possível e o impossível para preservar a vida de sua cara-metade e vice-versa. Ou seja, lutaria com muito mais garra que um soldado comum ao lado de meros companheiros de batalha. Faz sentido, não?

Bom, eu tô dizendo tudo isso com um único propósito: Gente, nada a ver esse papo de barrar os jovens no Serviço Militar! Gays, se preciso for, lutam com tanta garra ou mais que os heteros e podem (e querem) defender o seu país se preciso for...

Afinal, lutar não é uma coisa estranha pra gente, né? Todo dia é uma luta pra quem é jovem... Mas é só a gente se mirar no exemplo de Esparta e cuidarmos uns dos outros que a gente vence essa batalha!! :)

uma fotinha

Sunday, April 09, 2006

GAY NA ESCOLA

A escola é um ambiente onde nós, jovens, passamos boa parte do dia, o que significa que pra nós é um lugar importantíssimo. Ainda mais pro pessoal do esquema ‘escola-clube-televisão’, né? É preciso priorizar: ser você mesmo e curtir os benefícios que isto trará, ou fingir que é o que não é em prol do social [ou dependendo do lugar, da segurança, hehe] ?

Eu escolho ambos: ser gay em prol do social. É possível, perfeitamente. Acima da sua homossexualidade, está o seu caráter, seu estilo, sua honestinade, sua sinceridade, seu companheirismo. Isto não quer dizer que você precisa sair pichando as paredes do colégio abrindo sua sexualidade pra todos. Só quer dizer que você não precisa ficar se passando por alguma coisa que não é. Resumindo: não ficar falando que fulana é gostosa sem nem mesmo ter consciência do que isto quer dizer, não fingir que curte sair pra ‘balada hétero’, não falar que ta namorando a menininha da tua rua que ninguém conhece.

Se você está numa escola particular a coisa é, na minha opinião, um pouco melhor. Talvez porque você paga por um serviço que preste, ou talvez porque o pessoal é mais esclarecido neste sentido. O fato é que mesmo quando é fácil, é complicado. Hehehe. Justamente: sempre tem-se uma barreira ou outra pra ser vencida. Mas sabe que é legal, né? Ter desafios, ter obstáculos pra ultrapassar, e tal. De verdade: engrandece a gente.

E pode crer: é bacana toda esta mística de ‘será que ele é gay? Gosta de mim?’. Eu já passei [e passo] por isto, e lembro com carinho das vezes que gostei de um ou outro colega. Tinha 16 anos, sei muito bem como é.

‘Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo’

Quando contar?

Quando contar? Este é um assunto delicado, onde não existe fórmula secreta. O que conta nesta hora é o seu bom senso. Contar a coisa errada, numa hora errada, ou pra um amigo errado, pode ser fatal. Por outro lado, se tudo der certo, você pode ganhar um super-amigo.
Amizades são relações complicadas. Nas amizades, não se tem um vínculo obrigatório (como o familiar). Isto tem dois pontos: ao mesmo tempo que um amigo pode te dar uma opinião sincera, e pouco tendenciosa, sobre um assunto delicado, ele também pode sair por aí contando o tal assunto...
Isso implica em quê? Cautela. Você tem que saber pra quem está contando, e o quê está contando. Não se pode tratar de um assunto delicado, e sigiloso, com alguém não-confiável, ou que não se tem um laço estreito. Portanto, vá com calma.
Em contrapartida, seja verdadeiro sempre. Em se tratando da sua sexualidade, ela não diz respeito a ninguém. Mas você tem de ser autêntico. Não fale coisas com as quais você não concorda, não diga que é o que você não é. Isto além de muito chato, pode te complicar depois. Acima de tudo, não deixe de fazer e manter amizades, sempre. No trabalho ou na escola, nem que seja alguém pra jogar conversa fora, alguém pra sair pra balada, ou pra ficar em casa vendo filme e conversando. Desfrute dos amigos, e faça bons amigos.
Acima de tudo: ande com gente que você se identifica, e que se identifica com você. Isto engloba o fato de eles estarem de acordo com a sua sexualidade. Só assim você vai poder estar sempre tranqüilo.

Sou Bi - E daí?

Sou Bi - E daí?
Pra começar eu vou me apresentar... meu nome por aqui é AST ,tenho 31 anos e não estou aqui por acaso... vim explicar pra vocês como é que um jovem bissexual sobrevive... Pode soar meio dramático, mas é tudo muito divertido. Não vai adiantar eu chegar falando, é melhor eu explicar como tudo aconteceu e depois entramos em detalhes...
Até os 13 anos eu era hetero convicto e achava que ia ser assim para toda a eternidade. Não imaginava o quanto estava enganado. Afinal, sempre tinha gostado de meninas, brincava junto com os garotos, fazia tudo o que um garotinho hetero faz... comentava delas no intervalo na escola, dei a primeira "ficada"... até que um belo dia, aos 14 anos de idade (já fazia um certo tempo que não tinha interesse em ninguém) eu estava na aula de educação física (na qual eu só fazia presença espiritual, porque nunca fui de jogar nada...), eu reparei de um modo diferente nos "quadradinhos" abdominais de um amigo de classe.
Foi muito estranho pra mim. Não era inveja, não era curiosidade, não era hábito, nem indiferença... era interesse, talvez desejo (mas acho que desejo é uma palavra meio forte para aquela situação). Passou uma semana e lá estava eu novamente na aula de educação física... já tinha até esquecido do ocorrido na semana passada. foi quando ele veio correndo sem camisa e eu dei "aquela" olhada de novo, mas dessa vez já não me sentia tão estranho. Foi quando uma série de neuras começaram a rondar minha cabeça (será que eu sou gay? será que eu "virei" gay? será que é só uma fase? vai ser assim pra sempre?...) e eu fiz o melhor que uma pessoa pode fazer nesse caso: não dei atenção à elas.
Assim passaram uns dois meses eu eu já não tinha interesse por garotas, só por garotos. Já tinha quase certeza de que era homossexual, quando comecei aos poucos a recuperar o interesse por garotas (mas sem deixar os minos de lado...). Ainda nos 14 anos, no final da oitava série, tudo estava mais estabilizado e eu podia dizer seguramente que gostava das duas coisas. E quando pensava ter encontrado a solução, tinha achado sim um grande problema... "o que é ser bissexual?"
Passei um tempo me escondendo, fazendo todo mundo pensar que eu era hetero (e ainda é assim hoje em dia) porque não tinha noção do que é "ser diferente num mundo de pessoas normais" (é assim que eles dizem, né...). Até um dia em que eu estava tão seguro de mim que decidi: "vou contar pra alguém!", e ninguém mais indicado que uma amiga minha e parente, que mais tarde descobri que também era bissexual e hoje em dia nos damos muito melhor do que antes. Mais tarde chegou uma vez de uma outra amiga, e com o tempo eu vou revelando pras pessoas em que confio... Por mim eu falava pra todo mundo, mas o problema é se chegar "em casa"... então só conto pros que eu tenho cinfiança mesmo...
Pra quem é homo pode parecer fácil ser bisssexual, mas eu acho até mais difícil... já ouvi muitos comentários de tabela, que diziam coisas absurdas sobre nós... "Eu beijaria um gay, mas não beijaria um gilete, pq dá mó nojo" é uma frase comum de se escutar de algumas garotas... "Aquela mulher falava tanto que fulano bebia, que agora tem um filho bissexual, nem bixa é..." (esse em particular foi o que mais deu vontade de matar a nobre senhora....). Só lembrando que nenhum desses comentários foram dirijidos à mim, mas eu entendi como se fossem, pois são generalizantes... (e eu nem sei se essa plalavra existe...).
Assim como ocorre com os homossexuais, os bissexuais são taxados como monstros, tarados, pedófilos e outras barbaridades que eu já escutei. O a pior de todas é quando falam que o nosso "problema" é falta de mulher, ou então que somos homossexuais mal-resolvidos... isso dá muita raiva, porque não é verdade, mas existe um motivo pra que acreditem nisso... muitos homossexuais afirmam ser "bi" pra não ter que assumir sua homossexualidade... é uma maneira de amenizar o auto-preconceito, mas eles não sabem que com isso colocam nossa palavra em dúvida (ou sebem e não estão nem aí).
As vezes me perguntam se eu gosto mais de home e ou de mulher. No meu caso, eu gosto igualmente de ambos, mas não sei como é com outros bissexuais. Na verdade eu acho que há mais variedade entre o "bi" do que entre os "heteros" e "homos", não existe bem uma "regra padrão" ou "sinais característicos"... Um dos pontos negativos é que é difícil um(a) hetero ir ficar com um(a) bi porque geralmente tem nojo, e também não é tao fácil que um(a) homo o faça, pois se sente inseguro(a) e com medo de ser trocado por um(a) hetero.
Talvez alguns de vocês se perguntem porque, afinal, eu estou dizendo tudo isso... é simples. EU não sou homossexual, mas também luto por essa causa, pois somos todos iguais e sofremos os mesmo preconceitos. Eu não vejo motivos pra haver discriminação em nenhum dos casos e fico muito nervoso quando isso ocorre de um pra outro, seja na ordem que for. O intuito desse texto também é mostrar que, assim como os hetero e os homo, os bi também levam uma vida normal... conhecem pessoas, se divertem, mas não tem necessariamente uma separaçao do que é home e oque é mulher... eu pelo menos olho mais pro que tem dentro. Pra um bi, seu sexo não vai definir o quão bonito você pode ser (fisica ou interiomente).
Só tenho esperança de que um dia, as futuras gerações possam sair de seus armários tranqüilamente ou, melhor ainda, nem entrar neles...
E só pra falar um pouco ais da minha vidinha... eu tenho uma quantidade quase igual de amigOs e amigAs, não me preocupo se o meu visual está machão ou está gay... e sei fazer os dois estlos (e isso é muito útil...hehehe), tenho a vantagem de poder conversar sobre assuntos "de meninos" e "de meninas" sem me constrangir e o melhor de tudo... não tenho preconceito nenhum (e hoje posso afirmar isso com a maior certeza do mundo).
Já deu pra sacar como vive um jovem bi? Mais ou menos, né? Se entendeu um pouquinho já basta... o que importa não é saber separar, mas sim saber se unir.
"100% Be Happy" pra todos vcs, e... Tchauy! Não deixe de comentar.

Dormindo com o Inimigo " A Familia"

Alguém já disse que ‘Toda revolução começa dentro de casa’.
Mas por que eu estou falando de “Inimigo” e “Revolução” num editorial que deveria se referir à e-jovens e Família? Simples. Se a gente quer que a coisa mude na sociedade em geral, temos que começar a tentar mudar o comportamento de nossas próprias famílias. Lógico que isso não é fácil – Como mudar a cabeça duma família que não sabe que você é gay? Pior – E quando a família é claramente homofóbica, isto é, demonstra enorme preconceito contra homossexuais?
O que eu vou fazer aqui é te dar uns toques pra você driblar esse tipo de situação. Pode chamar de um Guia de Sobrevivência em Casa... Vamos lá:
1) A sua sexualidade pertence a você
Básico. Não é da conta de ninguém o que você faz ou deixa de fazer sexualmente – só a você. Não se sai por aí prestando contas da sua vida sexual. Seus pais te contam da vida sexual deles? Seu irmão conta? (Ele deve se vangloriar quando cata alguma menina, mas não conta quando e como ele se masturba, conta?) Então você também não tem obrigação nenhuma de sair por aí falando que é gay ou que é lésbica. Não gratuitamente. E isso vale pras questões sobre seus amigos, suas saídas, o que você faz na net, etc. Se eles perguntarem diretamente, te colocarem na parede, aí você pode resolver se conta ou não – Você ainda pode sair pela tangente e falar que não é da conta deles, mas isso só vai deixá-los com mais suspeita... Veja o item 5)...
2) Combata comentários maldosos
Esse é um dos passos mais complicados – e um dos mais importantes. É impossível viver me paz num ambiente onde as pessoas estão constantemente sacaneando o seu jeito de ser, mesmo sem saber... E você pode ir dando uns toques quanto a isso, mesmo sem precisar “se entregar”. Tipo, não é legal fazer piadas racistas de negro ou nordestino e tudo bem se você chegar pra alguém e falar sério “Pô, cara, nada a ver essas piadinhas..” – mesmo se você não for negro ou nordestino. O mesmo vale para homossexuais. Não ser tolerante com discriminação dentro de casa já é um alerta pro seu povo perceber que os homossexuais são pessoas, que estão aí lutando pelo simples direito de ser quem são – e não merecem ser alvo de chacota. Tenha sempre em mãos bons argumentos, caso o toque se transforme em discussão (por exemplo, acompanhe sempre os fatos marcantes pra comunidade GLBT que a gente oferece toda semana na seção News...). Lógico – se você defender muito a causa gay, caímos novamente no item 5)...
3) Não tenha vergonha de encarar a homossexualidade
Isso vale para as discussões tratadas acima, mas tem mais. Muitos e-jovens fazem de tudo para que a palavra gay nunca entre em suas casas – como se cada programa de TV, matéria de revista, ou filme de vídeo fosse anunciar aos quatro cantos da casa que ele próprio é homossexual. Isso parece familiar? Começam a falar de gay na TV, e você tá com seu pai assistindo – você corre e muda de canal. Chegou a Superinteressante com matéria de capa sobre homossexualidade – você some com a revista. Aquele vídeo que você alugou, e tá a família toda assistindo, tem um beijo de dois caras e você nem sabia – mesmo assim você parece que vai sumir pra dentro do sofá... Não pode. Uma coisa que eu já vinha percebendo (e parece que fizeram até estudos a respeito) é que visibilidade gera tolerância. Ou seja – quanto mais seus pais e familiares se acostumarem com a presença dos gays, menos preconceituosos eles vão ser. Evitar o assunto “gay” dentro de casa pra não “chamar a atenção” pra você é besteira – isso gera ignorância e ignorância gera preconceito. O caso extremo dessaregra é, mais uma vez, o item 5)...
4) Seja um bom garoto(a)
Essa é curtinha e simples – você provavelmente (há exceções..) será o único exemplo de um homossexual próximo da sua família. Ou seja, muito do julgamento que eles farão sobre os homossexuais virá do seu comportamento. Qualquer coisa errada que você faça, mesmo que não tenha nada a ver com sexualidade, vai ser motivo pra eles dizerem que você é assim ou fez tal coisa porque é gay, ou porque seus amigos gays te levaram pro mau caminho. Então seja um bom garoto(a). Lógico, isso só acontece se eles souberem de você, o que nos leva direto (finalmente!!) ao item...
5) Surgiu a dúvida? Conte.
Ok, sua sexualidade não é da conta de ninguém – mas também não é nada errado. Se seus pais desconfiam, perguntam muito, jogam indiretas, e você não conta, fica parecendo que você está metido em algo sujo, proibido, perverso... E não existe imaginação mais fértil que a de um pai, uma mãe... Você contando logo, você tem muito mais moral pra coibir os comentários maldosos, vai mostrar pra todo mundo que você não tem vergonha de encarar a homossexualidade e, se você for um bom garoto, vai esfregar na cara deles que você é gay sim – e isso não muda nada no seu jeito de ser. “Mas meus pais não vão aceitar/vão me expulsar de casa/vão me matar!!!” – imprima a cartilha abaixo, Para os Pais, e espalhe pela casa. :)
Só mais uma coisinha antes de terminar: A revolução, na verdade, começa com você. Se você não se amar como você é e não se aceitar, nada disso faz sentido. Como você vai querer mudar a cabeça da sua família se você próprio nega o que você sente? E, mais adiante, como você pode esperar mudar a sociedade desse jeito??
Já ouviu falar de “Ame-o ou Deixe-o”? Você não pode se deixar – se ame.

Namorar um Bissexual

A primeira coisa que todos pensam é: ai meu Deus, se eu namorar um bissexual ele vai querer sair com alguém do sexo oposto para se satisfazer, e “Meu bofe ninguém tasca!”, ou então pensam: é complicado, pois nunca sabemos como tratar suas amizades, nunca sabemos para onde ele está olhando, etc.
Mas na verdade, ser bissexual não faz da pessoa uma tarada sexual. Da mesma forma que encontrará homos e heteros se engalfinhando por uma boca na balada, também vai encontrar os bis - mas o importante é saber que nada disso influencia no caráter da pessoa.
A questão, não é saber se vai marcar um encontro com um bi ou com um homo, e sim, se essa pessoa é romântica, sensível, se combina com você, se faz seu tipo, entre outros. Claro, existem sempre os caras galinhas que sem dúvida vão beijá-lo só para não ficarem sozinhos toda a madrugada.
Eu já namorei um bissexual, e em todo o nosso relacionamento, não houve um único problema em relação à isso, pois havia respeito, amor, carinho, compreensão, que são maiores do que qualquer outra coisa. Sempre fica no ar aquela dúvida básica quando descobre que o cara é bi, mas dêem uma chance para o seu coração, arrisquem, pois arriscar faz parte da nossa vida amorosa. Não deixe que detalhes bobos possam limitá-los.
Seria desonesto eu dizer que a princípio não sentia calafrios só de pensar nas possibilidades de traição serem dobradas- na verdade, em alguns momentos eu criava dúvidas na minha cabeça em relação à isso, mas rapidamente tudo isso sumiu, pois quando se gosta de alguém, toda e qualquer possibilidade de seu namoro não dar certo some da sua frente, é por isso que costumamos dizer que o amor é cego. E mesmo assim, heteros não traem? E gays então?
Ou seja, saibam escolher melhor as pessoas com quem vocês se relacionam, e desde já, saibam que ser bissexual não é um fator limitante de nenhuma forma, pois o que vai definir um bom amante é a sua maturidade, sua compreensão, sua sensibilidade, e não um fator externista imbecil. Pensem o que é que vocês fariam, se fossem bissexuais e alguém os recusasse pelo mesmo motivo.
Se colocar no lugar das outras pessoas antes de julgá-las é a chave de uma boa forma para se relacionar!