Monday, April 10, 2006

Servindo na Grécia

Hoje em dia a gente às vezes se depara com relatos de militares homossexuais que sofrem discriminação e até mesmo chegam a ser presos ou expulsos por causa disso. Isso cria uma aura de machismo em torno do Exército, da Marinha, da Aeronáutica que deixa os jovens de cabelo em pé: “E quando eu for me alistar? E se alguém descobrir?? E se eu não me controlar com todos aqueles soldados gostosos à minha volta???”
Bom, antes de mais nada: O que mais tem no meio militar é homossexualismo... desde as longas noites em alto-mar da marinha até os acampamentos chuvosos do exército, isso rola em todos os níveis. Ou seja, todo esse machismo apresentado pelos militares hoje é pura hipocrisia.

Mas nem sempre foi assim. Consta nos livros de História que em Esparta, uma das Cidades-Estado mais poderosas da Grécia antiga, toda a população era treinada para servir ao exército e sua vivência era das mais duras. Dormiam no chão duro, tinham a alimentação controlada – foi daí que surgiu o termo condições espartanas, significando condições muito duras. Os bebês, ao nascer, eram deixados no alto de uma montanha, sozinhos, por alguns dias – apenas os que sobrevivessem eram considerados aptos a serem cidadãos de Esparta.

Pois bem, no meio de todo esse rigor militar, que envolvia o cidadão espartano desde a mais tenra idade, adivinha que qualidade era mais apreciada entre seus soldados? Acertou quem disse a homossexualidade. Soldados gays e seus amantes eram considerados guerreadores de elite e estavam entre os combatentes mais ferozes de toda a Grécia. Mas como isso? Por que esse incentivo todo a soldados homossexuais? Olha só que curioso: De acordo com o pensamento da época, um soldado gay que lutasse ao lado de seu amante faria o possível e o impossível para preservar a vida de sua cara-metade e vice-versa. Ou seja, lutaria com muito mais garra que um soldado comum ao lado de meros companheiros de batalha. Faz sentido, não?

Bom, eu tô dizendo tudo isso com um único propósito: Gente, nada a ver esse papo de barrar os jovens no Serviço Militar! Gays, se preciso for, lutam com tanta garra ou mais que os heteros e podem (e querem) defender o seu país se preciso for...

Afinal, lutar não é uma coisa estranha pra gente, né? Todo dia é uma luta pra quem é jovem... Mas é só a gente se mirar no exemplo de Esparta e cuidarmos uns dos outros que a gente vence essa batalha!! :)

1 comment:

Anonymous said...

Oieee!! Concordo plenamente, preconceito dentro ou fora do exército não ta com nada.
Eu me alistei ano passado, mas nem exame médico eu fiz, fui logo dispensado.
Mas se ve no rostos de todos que vão se alistar o medo.Não sei, senti isso quando fui!!
Seu blog é muito legal, gostei!!
Parabéns viu!

Abraços!!